Ser Consciente é ser Criativo e Cooperante!
Apontar o dedo e criticar é o mais fácil e o mais praticado entre a maioria das pessoas. Antes de criticar certifique-se se pode melhorar o que está ali mesmo à sua frente e que de acordo com os seus filtros tanto o incomoda, desagrada, irrita ou desdenha.
Quantas pessoas apontam de imediato o dedo, dizendo: "não está feito", "não está bem", "não é perfeito", "podia estar melhor", "se fosse eu fazia assim ou dizia assim"....
E isso é tão fácil. É fácil falar e criticar negativamente o mundo, os outros, etc. mas já fizeram alguma coisa para mudar o que não gostam? Deram o exemplo? Levantaram-se da cadeira e usaram as mãos, o cérebro e demais recursos internos para fazer mais e melhor?
Não está feito? Então faça você mesmo! Não pode, não consegue ou não tem conhecimentos suficientes? Peça ajuda. Faça uma formação. Leia. Informe-se. Mas não julgue antes de esgotar todas as possibilidades que possam mostrar e fazer essa diferença.
É por isso que é aconselhável parar para sentir, antes de falar impensada e irreflectidamente.
Sempre que algo nos desagrada profundamente, é importante antes de mais identificar qual ou quais os sentimentos que afloram.
A pergunta que deve ser formulada é: O que estou a sentir?
Depois de identificar esses sentimentos, essas emoções que quase automaticamente e sem darmos conta, tomam conta de nós, podemos passar à fase seguinte, que é aceitar o que está a acontecer e saber que não faz mal estar zangado, revoltado, irritado, nervoso, etc. Acima de tudo o que importa é não espalharmos essa dor para cima dos outros. É bom ficar com ela o tempo necessário para efectuar o nosso trabalho interior de auto conhecimento e auto cura, até nos podermos libertar desses condicionamentos.
Com base nessa avaliação já poderemos "fazer" algo com isso. Quero/permito que isto me retire do meu centro? Que me altere o humor? O que posso fazer para melhorar o que vejo, observo fora de mim (sabendo antecipadamente que nada está fora de nós, claro; tudo é nosso; tudo foi um dia emitido por nós e a nós regressa um dia)?
Se experimentarmos fazer isto muitas vezes veremos que com o tempo e com a prática, com a observação e o distanciamento necessário a essa observação, iremos aprendendo muito acerca de paciência, de observação isenta de julgamento, de capacidade de escutar, de sensatez, e de uma série de outras virtudes e princípios necessários à pacificação do nosso ser interior (aquele que não se expõe e não é tão facilmente perceptível por nós próprios e muito menos pelos outros).
Quando estivermos finalmente preparados para emitir o que estamos a sentir, relativamente à tal questão que tanto nos incomodou, fá-lo-emos em amor, num fantástico processo criativo, e então a nossa crítica será construtiva. Seja porque simplesmente criamos algo que não existia ou porque damos a ideia a alguém que tenha já as ferramentas necessárias para o fazer. Isso é Cooperação Consciente.