Numerologia Maio/Junho 2018
Entre os dias 1 e 21 de Maio, a energia flui entre os Números 7:9:7. São idas e vindas desde o nível de consciência onde nos encontramos até níveis desconhecidos e inimagináveis para a maioria de nós. É preciso abrir o portal interno que nos leva ao reino das infinitas possibilidades de conexão com o Espírito.
De 22 de Maio a 7 de Junho o momento é de expansão, de crescimento e de realização, sob a visão atenta dos Números 3 e 8. É tempo de aplicar as novas aprendizagens, depois de integradas, na vida de todos os dias.
A vida é um constante movimento de contração, pausa, expansão, pausa…
A consciência expande-se. O momento é de quietude. A mente busca a integração profunda com tudo o que é. O ser pode relaxar.
A Mente, em conexão com o aspecto mais sagrado em si, mergulha nas águas profundas e pouco agitadas da emoção. Mas as águas são escuras, a luz quase imperceptível, os caminhos são praticamente inexistentes ou de difícil acesso. Porém, o ser, desejoso de se religar com o seu Eu mais profundo, reúne todas as suas forças, contrai-se para manter a sua energia no lugar e decidido, propõe-se atravessar as camadas mais inacessíveis da sua alma, atingindo os recantos mais obscuros e insondáveis da sua própria existência.
As barreiras do tempo dissolvem-se, as estruturas mentais, habituadas à sua rigidez permanente, colapsam, ante a intensidade do que está a ser sentido. Corpo e mente debatem-se, tentando em vão, mais uma vez criar resistência ao novo, socorrendo-se das suas mil e uma artimanhas evitando encarar a sua própria realidade interna.
Nem tudo é luz, nem tudo é sombra! A realidade é avassaladora. O ser procura fugir dali, assustado, com a própria sombra. Afinal, ele não é aquela luz que imaginava ser, aquela luz com que lhe acenam os falsos profetas que coexistem com ele, cá fora, no mundo. Eles (os falsos profetas) não sabem, porque nunca experimentaram. Mas o ser finalmente experimenta mergulhar sozinho nessas regiões longínquas e impenetráveis para a maioria dos humanos.
O ser ergue-se e revolta-se contra esses “inimigos” que o tentam enganar, vendendo-lhe falsas ideias a troco de bom dinheiro (ou de outros bens), mas logo resvala, e cai num precipício. Durante a queda compreende o papel que cada um desses falsos profetas interpreta na sua vida e aceita a sua condição de aprendiz. Eles estão a mostrar, muitas vezes da maneira mais dolorosa, as incontáveis armadilhas a que estamos sujeitos, só por que um dia decidimos abrir o nosso coração ao Amor Incondicional. Mal poderíamos supor quão longa e penosa essa jornada seria.
Mas aqui está o ser na sua queda sem fim, e se inicialmente ele resistiu de todas as formas possíveis, agora, rendido, cai vagarosamente, qual pena levada pelo vento. E quem sabe? Quem sabe onde os ventos o levam?
Talvez o levem a zonas de confrontação. Talvez tenha de lutar com anjos e demónios. Talvez tenha de colocar em causa tudo o que aprendeu. Talvez tenha de largar todas as ideias pré-concebidas acerca de tudo e de todos. Talvez tenha de se desnudar ante a visão do Espírito. Talvez tenha de se curvar ante a Majestade Divina que o quer coroar, em virtude do seu esforço. Talvez tenha de se despir de toda a vaidade, de toda a luxúria, de todo o orgulho, de toda a arrogância, de toda a mesquinhez, de toda a inveja. Talvez tenha de se vergar ante o peso de tanta energia desperdiçada em coisas vãs.
Talvez, algures a meio desta viagem, se acenda a luz no seu coração e este ser ganhe consciência da sua verdadeira aspiração.
Esse será sem dúvida, um momento de reconciliação, de pacificação interior, de perdão, de rendição e de redenção, e por fim, de regozijo e de festim junto dos deuses, após o que, deverá retornar, trazendo consigo esta glorificação, desprovida de vaidade. O ser, é todo-honra e todo-glória. Retorna vitorioso, pois obteve a maior das vitórias: a vitória do perdão sobre si mesmo.
É tempo de festejar e celebrar consigo mesmo e de se alegrar pelas suas conquistas, pois a glória e a honra dedicou-a ao Grande Espírito. Ele sabe que nada possui, nada é seu, nada criou. Tudo o que faz, faz para o Bem Maior. Tudo o que busca, busca não para si mesmo, mas para a Glória d’Aquele Que É!
Porém, a existência encarregou-se de o colocar aqui sobre a Terra, atribuiu-lhe um papel, ao qual ele tem dado uma importância exagerada, querendo destacar-se e elevar-se em relação aos seus irmãos, como se ele fosse especial, como se fosse uma espécie de escolhido. Mas este mergulho… Ah! Este mergulho transformou-o em algo muito diferente, algo que ele não podia supor. Este mergulho colocou-o no lugar que lhe cabe, nem mais acima, nem mais abaixo, apenas no exacto lugar que ele, por mérito próprio, com ou sem consciência disso, fez por merecer.
E agora, regressado à condição humana e às condições onde a sua existência se desenrola, compreende que tudo passa pela aceitação desse papel, que é apenas um papel que tem de cumprir, tal como um actor cumpre o seu quando se encontra em palco.
Um actor espera pela reação do seu público, que tanto pode ser positiva como negativa. Mas um bom actor define-se por cumprir o seu papel, independentemente dessa reacção, interpretando aquele personagem, naquele exacto momento, focando-se apenas em lhe dar vida.
Assim é com todo o ser que abre as portas ao Amor, para que ele se manifeste através de si – cumprindo o seu papel sem se incomodar com o que os outros pensam ou dizem, pois tudo o que importa é honrar o Caminho, é honrar o Grande Espírito, é Viver através desse Amor.
Regressar ao quotidiano, pode ser celebrado, festejado, pois tudo aquilo que foi contraído, pode agora expandir-se. O ser nada desde as águas profundas até à superfície e todo o lago parece agora completamente novo. As cores, os aromas, as plantas… tudo está mais viçoso, brilhante e apetecível.
Valeu a pena viajar até às sombras, pois foi de lá que regressou coberto com o seu manto luminoso, com a sua consciência expandida, com o seu coração irradiando amor, alegria e harmonia. Tudo o que ele deseja, é partilhar com os outros, essa descoberta, e se possível incentivá-los a fazer o mesmo.
O ser ganhou novas formas, as suas asas começam a destacar-se do corpo onde tinham permanecido agarradas, tornando-se assim imperceptíveis e invisíveis para o próprio e para os demais.
É tempo agora de integração, levando o tempo necessário para que as células, originem um novo corpo, mais consciente, mais adequado para o cumprimento do ser neste plano.
Bênçãos e Paz
Eva Vilela Veigas