O Dia Internacional da Menina não é apenas uma data simbólica. É um espelho do mundo que temos… e uma janela para o mundo que ainda podemos construir. Quando olhamos para uma menina, não vemos apenas inocência ou fragilidade, vemos a semente de uma força ancestral que, se for respeitada, educada e nutrida, é capaz de alterar o curso da humanidade.

 

Uma menina que tem voz aprende a pensar.

Uma menina que é ouvida aprende a escolher.

Uma menina que é guiada com amor e liberdade transforma-se numa mulher que não aceita cadeias, que questiona o que está errado, que cria novas formas de viver.

 

Ela torna-se líder sem precisar esmagar, empreendedora com propósito, mãe consciente, guardiã da sabedoria, mentora de outras mulheres, ponte entre o invisível e o possível.

 

Quando uma menina é empoderada, não é apenas a vida dela que muda. Muda a família, a comunidade, o país, a história. Porque educar uma menina é educar um futuro inteiro. É abrir espaço para decisões feitas com empatia, inovação, coragem e clareza.

 

O mundo não precisa apenas de mais mulheres em cargos de poder; precisa de mulheres que foram meninas respeitadas nas suas emoções, incentivadas na sua curiosidade e fortalecidas na sua identidade. Essas são as líderes que não reproduzem o sistema -reescrevem-no.

 

E há algo de profundamente simbólico na data escolhida: 11 de Outubro.

 

O 11, na numerologia, é o número mestre da intuição, da visão, da consciência espiritual. Representa o feminino desperto, a sensibilidade elevada a sabedoria, a capacidade de ver o que os outros não veem. O 11 é a menina que sente o mundo com profundidade e pressente caminhos invisíveis. É a chama interior que guia mesmo no escuro.

 

O 10, por sua vez, é a roda que gira, o fim de um ciclo e o início de outro. É autonomia, criação, liderança com propósito. O 10 é a mulher que pega na visão do 11 e dá-lhe forma, estrutura e direção. É a força que diz: “Eu existo. Eu crio. Eu escolho o meu destino.”

 

Juntos, 11 e 10 revelam uma verdade poderosa: a visão só muda o mundo quando encontra a coragem de atuar; a intuição só se torna revolução quando lhe é permitido criar.

 

Por isso, 11 de Outubro é um portal energético onde o sonho ganha corpo, onde a sensibilidade se converte em ação, onde o feminino deixa de ser apenas invisível e passa a ser força construtora de realidade.

 

Celebrar este dia é mais do que proteger meninas.

É reconhecer nelas o início de uma nova consciência.

É devolver-lhes o direito de sentir, pensar, errar, aprender, criar e liderar.

É lembrar ao mundo que não há futuro possível enquanto metade da humanidade for silenciada.

 

Quando uma menina é educada, o medo diminui.

Quando uma menina é apoiada, a esperança renasce.

Quando uma menina é livre para ser quem é, a humanidade sobe um degrau na sua própria evolução.

 

Porque no fundo… cada menina empoderada é um novo capítulo da história.

E cada mulher consciente é uma ponte entre o que fomos e o que ainda podemos ser.

 

Eva Veigas

 

 

 

"Em 19 de dezembro de 2011, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 11 de outubro como o Dia Internacional da Menina, a fim de reconhecer os direitos das meninas e os desafios únicos que elas enfrentam em todo o mundo.

 

O Dia Internacional da Menina enfoca a necessidade de abordar os desafios enfrentados pelas meninas e promover o empoderamento e a realização dos direitos humanos delas.

 

As meninas têm o direito a uma vida segura, com educação e saúde, não apenas em seus anos de formação, mas também à medida que amadurecem e se tornam mulheres. Se forem apoiadas e instruídas de forma efetiva, as meninas têm o potencial de mudar o mundo – como as meninas empoderadas do presente e como as trabalhadoras, empreendedoras, mentoras, chefes de família, líderes políticas e mães do futuro."

 

Fonte: https://www.unesco.org/pt/node/66727