21/12/2016 Solstício de Inverno
Sempre que damos à luz a nós mesmos, algo de extraordinário acontece. Dir-se-ía tratar de um verdadeiro milagre.
O desafio a que nos propusemos hoje, e não falo apenas do acontecimento que é o solstício, falo também do próprio dia 21, que é parir a nós mesmos, implica desnudar-mo-nos a fim de revelar mais da nossa essência.
A essência emergindo das sombras, do abismo, da escuridão a que esteve sujeita durante o tempo necessário, está agora pronta a eclodir.
O arco de flores que rodeia a figura nesta carta, sugere um portal que deve ser transposto no momentum adequado a cada um de nós. Esse momento implica a criação de determinadas condições energéticas, físicas, emocionais, etc.
Este nascimento é também uma morte, um deixar para trás algo que foi necessário, mas que neste momento já não nos faz falta absolutamente nenhuma.
A espiral de luz em que a figura se encontra volta lembra-nos que a nossa experiência neste corpo exige uma ascensão consciente para que a mudança efectiva de paradigma possa ocorrer.
A nudez da mulher simboliza a pureza da alma, que não necessita de vestes para se apresentar ante si mesma, pois ela é apenas e só essência.
Quando chegamos ao mundo, chegamos nus, destituídos de vestes para nos recordar que não necessitamos de nos cobrir para nos apresentarmos àqueles que nos aguardam do lado de cá do véu.
Simbolicamente também faremos hoje este processo, com maior ou menor consciência, com mais ou menos rituais, ou até sem ritual algum, porque o fenómeno de dar à luz, de nos tornarmos conscientes, de buscarmos mais luz/informação, dar-se-à de qualquer forma.
Um Feliz (Re)Nascer