![Foto: Eva Veigas Foto: Eva Veigas]()
O duplo 11 parece querer chamar a nossa atenção. Dois onzes, quatro uns... É impossível não reparar. Mas o que é realmente importante não é a veneração desta sequência, que se tornou moda (e tudo o que é moda, tem o seu tempo), mas sim atingir a compreensão do seu significado profundo, simbólico, abstracto, intangível. A moda do 11 pretende atirar este signo para o mundo do profano e há que impedi-lo.
É preciso olhar para dentro e sentir o que esta vibração nos revela. Devemos ter em conta que o Número dos Profetas só se revela a quem ressoa nesta vibração e portanto não adianta saber de cor o seu significado ou atribuir-lhe características extraordinárias só para parecermos muito entendidos.
A Numerologia é um assunto sério e nos dias que correm qualquer pessoa leva outras ao engano, ainda que não seja com intenção real ou consciente. Porém o gargalhar dos deuses denota o quão longe da verdade a maioria se encontra relativamente ao estudo dos Números.
É necessária grande humildade para que a essência deste código se revele interiormente.
Desta vez, e levantando um pouco o véu, o assunto apontado pelo 11, se assim quisermos chamar-lhe, relaciona-se com uma aprendizagem bastante complexa, a qual compreende a nossa capacidade de aceitação no que diz respeito quer à nossa emocionalidade, quer à nossa esfera mental.
Somos, entre muitos outros aspectos, a expressão das nossas emoções e dos nossos pensamentos, dos nossos sentimentos e da concepção que temos relativamente a tudo o que nos rodeia. Reagimos, somos reactivos ao que julgamos estar fora de nós, quando na realidade estamos a reagir a nós mesmos.
Temos tanta dificuldade em aceitar o que somos e como reagimos, que passamos muitas vidas a fugir dos outros - o mesmo é dizer de nós próprios.
Este é o tempo de parar de fugir e de permanecer em nós, de nos aproximarmos de nós, a partir do nosso centro, permanecendo silenciosamente à espera da conexão, aguardando com paciência, que se complete mais um ciclo, mais uma etapa.
Este é o tempo do salto de fé, em amor, gratidão, aceitação e alegria pelo dever cumprido. Estamos aqui para aprender a ser Amor em movimento, em acção, cumprindo cada impulso, cada chamamento da nossa Alma.
Se somarmos verticalmente os números 11 chegaremos ao Número 22, um outro Número Mestre que neste caso concreto, nos orienta ao longo do dia, para que possamos evoluir através da vibração 7.
Já se perguntaram para que servem estes cálculos? Já reflectiram acerca do facto de num mesmo mês termos tantas vibrações repetidas? Por exemplo: no passado dia 2/11/2019 o resultado da soma desta data também foi 16:7. No próximo dia 20/11/2019 o resultado será igual.
Mas qual a diferença? Aparentemente não há diferença nenhuma, pois o 16:7 permanece inalterado. Mas os Números do Dia mudam e são eles que representam a seiva que alimenta os troncos destes caminhos que sempre começam em 1 e terminam em 9.
Hoje o caminho é o 7. Amanhã será o 8 e assim por diante. Portanto devemos estudar, meditar acerca da vibração do dia e da sua união com a energia do mês, que neste caso, é igual, como podem constatar.
Ora como vai o 22 influenciar o 16?
Sendo números distintos teremos que os integrar dentro de nós (e aqui não há regras rígidas, pois as características de um e de outro, terão impactos diferentes em cada um de nós) e alcançar a outra margem da nossa própria consciência. Para isso teremos de aprender a ser crianças de novo, caso contrário, as aprendizagens e experiências do passado, sobretudo as mais difíceis, irão condicionar todas as nossas tentativas de sentir a vida acontecer e ao mesmo tempo ser vida.
O 22 representa uma extraordinária sensibilidade; uma inocência pura, despojada da ingenuidade insana que nos coloca numa vibração demasiado baixa e densa; uma ordem intrínseca que busca imitar a Ordem Cósmica; uma capacidade de sentir o outro como a nós mesmos (sentir no sentido de o ver e aceitar como ele é e não com a intenção de o mudar e moldar à nossa imagem e semelhança); uma aceitação da nossa própria condição de filhos e filhas da Deusa.
É com estas e outras vivências integradas que o 22 irá nutrir, através da sua seiva, o 16.
Este 16 é um caminho espinhoso, como aqueles que se trilham floresta adentro. Se formos despreparados, desistiremos, pois seremos arranhados e maltratados pelas arestas dos arbustos, pelos ramos retorcidos das árvores. As grossas raízes far-nos-ão tropeçar e desgrenhados, regressaremos arrasados, ao local de partida.
O 16 é uma prova muito dura, mas se formos humildes, resilientes, plenos de convicção, capazes de respeitar a nós mesmos e aos outros seres, cheios de amor dentro de nós, então, a floresta convidar-nos-á a trilhar caminhos de abundância, a aspirar os seus aromas e a deliciar-nos com os seus frutos. E mesmo feridos, jamais sairemos derrotados da batalha que travamos contra nós mesmos.
Eva Veigas