Toda a forma que vês tem o seu arquétipo no mundo sem-lugar. Se a forma se esvai, não importa, perdura o original. As belas figuras que viste, as sábias palavras que escutaste, não te entristeças se pereceram.
Enquanto a nascente é pujante, corre água no rio, sem cessar. Por que te lamentas se nenhum deles se detém?
A alma é essa nascente, e as coisas criadas, os rios. Enquanto a nascente jorra, correm os rios. Tira da mente todo o pesar e sorve aos borbotões a água deste rio, que a água não seca, ela não tem fim.
Desde que chegaste ao mundo do ser, uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses. Primeiro, foste mineral; depois, te tornaste planta, e mais tarde, animal. Como pode ser isto segredo para ti?
Finalmente foste feito homem, com conhecimento, razão e fé. Contempla o teu corpo - um punhado de pó - vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido a tua jornada, decerto hás-de regressar como um anjo; depois disso, terás terminado de vez com a Terra, e tua nova estação há-de ser o Céu.
Passa, então, pela vida angelical, entra nesse vasto oceano, e que a tua gota se torne mar, cem vezes maior que o Mar de Oman.
Abandona este filho que chamas corpo e diz sempre "Um" com toda a alma. Se o teu corpo envelhece, que importa? Viçosa é ainda a tua alma.
O perdão permite dissolver as crenças que nos aprisionam.
O perdão oferece a possibilidade da paz interior.
Quando perdoamos e somos perdoados, as nossas vidas transformam-se. As doces promessas do perdão são mantidas. E começamos uma nova relação connosco e com o mundo.
O que o Perdão não é:
Perdão não é fechar os olhos para a falta de amabilidade.
Perdão não significa indiferença ou inércia perante a violação de direitos pessoais ou sociais.
Perdão não precisa de ser uma experiência religiosa ou sobrenatural.
Perdão não significa reconciliar-se com o autor da afronta.
Perdão não significa desistir de ter sentimentos.
O PERDÃO É ANTES UMA ATITUDE INTERNA QUE OPERA UMA MUDANÇA DE PERCEPÇÃO DO EU, DO OUTRO E DAS CIRCUNSTÃNCIAS.
EFEITOS DO PERDÃO
O perdão permite viver a vida sem mágoas. Livres do passado e sem recear o futuro.
Por isso alivia e previne o stress.
O perdão cura sintomas físicos e doenças.
O perdão ancora a aceitação, permite viver o momento presente e a fluir e a confiar no processo da vida.
O perdão liberta-nos do ressentimento e do sentimento de culpa e da raiva.
Abre-nos a porta para a expressão assertiva e adequada da nossa raiva.
Pessoas que culpam outras pelos seus problemas ou dificuldades apresentam índices mais altos de doenças cardiovasculares e cancro.
Mesmo quem já sofreu perdas devastadoras pode e deve aprender a perdoar; tal atitude irá possibilitar-lhes aliviar e curar os sentimentos de perda e acelerar o normal fluir do bem e da prosperidade nas suas vidas.
AUTO-PERDÃO O MAIOR DESAFIO:
Perdoar a si mesmo é o maior desafio a vivenciar, é o processo de aprender a amar-se e a aceitar-se a si mesmo.
Para além disso, só somos capazes de perdoar os outros quando aprendemos a perdoar a nós mesmos.
No auto-perdão, costuma haver uma grande resistência, pois ele requer uma mudança de atitude significativa, uma morte.
Que morte é essa? É um morrer para os velhos hábitos, morrer para a culpa, a vergonha e a auto-crítica, a auto comiseração, o ressentimento e o “coitadinho de mim”.
Quantas vezes condicionamos o auto-perdão a circunstâncias diferentes do momento?
O auto -perdão pressupõe uma tremenda honestidade para consigo mesmo na determinação de qual autocrítica, ou qual crença limitativa é preciso abandonar para nos podermos perdoar?
O auto-perdão é um grande renascimento.
Permite-te.
Mas, RESPONSABILIZA-TE….
Constrói o teu caminhar de forma a sempre perdoar e ser perdoado.
O perdão é o caminho para a paz interior e para a tua autenticidade.
Que a paz interior banhe as margens do teu caminho.
Todos nós erramos, ninguém duvida, embora cada um de nós tenha uma divisão marcante a respeito da classificação dos erros – graves ou não graves. A distinção entre erros ‘perdoáveis e não perdoáveis’ produz uma grande confusão quando pensamos na viabilidade do perdão. O que não nos deveria surpreender é que, de acordo com a cultura, educação e situações diferentes, esta classificação muda de indivíduo para indivíduo e muitas das vezes até sofre modificações num mesmo indivíduo, dependendo do seu estado.
Todas as pessoas fazem o melhor que podem. Muitos podem discordar desta afirmação. Mas, vou propor aos que discordam que pensem no seguinte: todos fazem o melhor que podem de acordo com a percepção do meio em que estão e do nível de compreensão do momento (isso é particularmente importante) – ou seja, todos nós, se soubéssemos ‘como’, faríamos de forma diferente em muitas ocasiões.
Partindo então das considerações acima efectuadas, vemos que o nosso mundo é realmente um mundo de enganos. E cada engano pode ser percebido e entendido de várias maneiras. O que é relevante é percebermos que quando nos sentimos feridos ou prejudicados de alguma forma, não nos lembramos de nada disto: nem das considerações acima efectuadas, nem do facto de que o que estamos a perceber é a nossa forma particular de perceber – outra pessoa poderia não se importar com algo que nos ofendeu ou magoou.
Seguindo esta análise, existe a necessidade de pararmos para olhar para o que estamos a sentir quando não abrimos mão das nossas mágoas e dores...
Não nos abrirmos para o perdão ‘porque quem nos feriu não o merece’ é um ditado do mundo, o qual nos sentimos justificados em aceitar, mesmo quando nos percebemos em intenso sofrimento causado pela nossa insistência em manter as memórias dolorosas.
Após este breve ‘raciocínio’, podemos perguntar-nos agora: como perdoar?
O perdão é uma memória selectiva: “perdoar é meramente lembrar apenas os pensamentos amorosos que deste no passado e aqueles que te foram dados. O resto tem que ser esquecido”. E mais: “O perdão é uma lembrança selectiva que não se baseia na tua própria selecção." (UCEM-T-17.III.1:1-3)
O perdão no mundo é sempre selectivo e a selecção é feita por cada um de nós, tanto das pessoas a serem perdoadas quanto dos factos. Nós precisamos de alguém de ‘fora’ do nosso sistema de pensamentos para fazer a selecção dos pensamentos amorosos por nós. Pensemos nos vários motivos para que isso aconteça.
Todos estão sujeitos aos erros – às vezes em comportamento, às vezes apenas em pensamento. Se todos cometemos erros e estamos a querer acertar, o perdão não pode ser selectivo: todos estão sob a mesma lei. Mas, nós aprendemos a seleccionar. Então, esse aprendizado está automatizado.
Falando sobre o termo memória, ele é bastante pertinente porque o motivo para a grande maioria das nossas dores está apenas na memória. Normalmente sentimo-nos doloridos por uma situação que está no passado, portanto, na memória.
Se estivermos realmente abertos ao exercício do perdão, vamos experimentar, pelo menos, alguns instantes de paz. Isto também é um aprendizado. Conforme vamos ‘coleccionando’ instantes de paz, pontos de memória vão-se juntando e formando um caminho de fácil acesso para as nossas mentes.
Assim, um dia, este processo acontecerá sem nenhum esforço: ainda nos lembraremos da situação ou da pessoa que nos feriu, mas já não teremos mais a carga emocional que tanto nos prejudicava.
Mas, para que continuemos o nosso caminho para a racionalidade do perdão, pensemos o seguinte: quem é que realmente beneficia com o perdão? – Aquele a quem eu perdoo ou eu, que ficarei livre dos pensamentos e sentimentos devastadores e pesarosos?
O perdão é um processo. Precisamos entender, pensar e chegar a um ‘veredicto’ sobre o porquê praticá-lo, para então começarmos a pô-lo em prática.
Trazendo o raciocínio para mais perto da nossa vivência, vamos lembrar: as outras pessoas não podem saber o que nós exactamente sentimos. Quando nós sentimos raiva, esta não ‘pesa’ no outro, não ‘vai’ para o outro. As outras pessoas não podem saber o que sentimos, ou qual a intensidade do que sentimos...
Todos temos o ‘direito’ de sentir raiva, ódio, tristeza, desapontamento – são emoções comuns a todos. O que estamos a pensar agora é que será sábio se sentirmos tudo isto apenas no momento da situação desencadeante, porque não estaremos a esconder as emoções de nós mesmos. Será muito sábio também, se nomearmos e aceitarmos tudo o que sentimos. Mas, atenção, são coisas bem diferentes: olhar para o que sentimos não é o estímulo do ressentir – é disto que estamos a falar. O ressentimento serve para nos prender ao passado, fazer com que nos tornemos uma vítima de alguém, ou de uma situação que, neste momento, não nos prejudica mais – porque esta situação neste momento não existe.
Este raciocínio aplica-se à culpa. Tudo o que falamos e pensamos a respeito do perdão em relação a alguém é absoluta e intrinsecamente válido e aplicável para o auto-perdão."
A Todos os que vierem por Bem!
Caminhemos lado a lado nesta jornada de autodescoberta, guiados pela Luz Divina.
Tornemo-nos, a cada dia, mais e melhores humanos.
Eva Veigas
Se não sabes por onde começar... começa por ti mesmo! Cura a tua criança ferida e curarás a tua mãe e o teu pai, as tuas avós, os teus avôs e os teus antepassados todos - homens e mulheres que pisaram a Terra antes de ti, que viveram e lutaram, que riram e derramaram lágrimas, que caíram no sono da morte, mas que deixaram a semente para que tu possas estar aqui hoje. - Eva Veigas - Cascais, 18 Dezembro 2019
A Numerologia
A Numerologia é uma Arte. Um instrumento sagrado que o numerólogo usa com Arte, Conhecimento, Sabedoria, Intuição e Amor, para descodificar e traduzir esta linguagem simbólica, composta de signos (números e letras) numa linguagem acessível para todos. A Numerologia não julga, nem critica, ela levanta o véu que cobre a nossa ignorância, acerca de nós mesmos, para revelar a nossa essência mais pura.
O Tarot
O Tarot é uma ferramenta sagrada, riquíssima de simbolismo, onde estão representados Números, Cores, Figuras, Objetos, Elementos, Flores, Árvores, Animais... É composto por 78 cartas ou lâminas, comummente designadas por Arcanos, os quais se dividem em 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores. Os Arcanos Menores estão agrupados em conjuntos de 4 naipes, de 10 cartas numeradas de 1 (Ás) a 10, mais as respectivas Figuras da Corte (Pajem ou Valete, Cavaleiro, Rainha e Rei). Cada naipe corresponde a um campo ou esfera da vida humana: Paus (Fogo) - Esfera Espiritual; Copas (Água) - Esfera Emocional; Espadas (Ar) - Esfera Mental e Ouros (Terra) - Esfera Material.
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~ ~ ~ ~ "Destas penas de avestruz da Dupla Verdade, tão delicadas que o mais subtil hálito mental pode agitar, pendem através das correntes da Causa e do Efeito, os pratos ou esferas onde o Alpha (o primeiro) e o Ómega (o último) , se equilibram.
Não é possível deixar cair um alfinete sem provocar uma reacção correspondente em cada estrela." ~ ~ ~ ~
A. Crowley, O Livro de Thoth
Regra de Ouro
Nenhum estudante jamais realizará qualquer progresso no desenvolvimento espiritual se saltar de um sistema a outro, utilizando ora algumas afirmações do Novo Pensamento, ora alguns exercícios de respiração a posturas meditativas da ioga, para prosseguir depois com algumas tentativas nos métodos místicos de oração. Cada um desses sistemas tem o seu valor, mas esse valor só é real se o sistema é praticado integralmente."
Dion Fortune