Numerologia Março 2016
A tónica dominante deste mês é representada pelo número 12 que possui vários simbolismos: os 12 apóstolos de Jesus, os 12 meses do ano, os 12 signos do zodíaco, os 12 Cavaleiros da Távola Redonda, entre outros.
No Tarot a 12ª lâmina corresponde ao Dependurado, que representa o verdadeiro desapego.
O Dependurado encontra-se impedido de agir, preso por um pé, a uma árvore, cuja forma lembra a letra Tau.
O bloqueio ou o impedimento fê-lo questionar acerca da sua sorte. Por que motivo está aquele homem numa posição invertida, com uma perna traçada por cima da outra, formando o que parece ser o número 4 (número da matéria).
O corpo está impedido de se libertar, é certo, mas a mente é livre de se flexibilizar e o coração está disponível para amar, mas enquanto a ligação entre a mente e o coração não for feita, a perspetiva do Dependurado, será sempre a mesma.
Se ele souber deixar ir o que o impede de ser livre, poderá resgatar o seu poder pessoal e ser-lhe á dada uma nova oportunidade – a de morrer para as suas velhas crenças, para a sua obstinação, para a sua inflexibilidade mental, para a sua rigidez de pensamento, para o seu fundamentalismo.
A única coisa que o Dependurado não pode largar, é a sua verdadeira essência.
Ele só tem que ser o que é, assumindo a sua verdadeira postura – a de um ser que vai ganhando consciência, que vai aumentando e amplificando o conhecimento da sua verdadeira natureza.
Tal como o Dependurado, também nós podemos aprender a largar aquilo que nos impede de ser a nossa verdadeira essência em ação.
Por outro lado, a vibração universal de Março, que é 3, faz-nos a incrível proposta de unirmos, não só a mente ao coração, mas também de nos lembrarmos de permanecer alegres e de escolher a alegria, mesmo diante da dificuldade.
Amar as partes duras e difíceis, para que elas não apodreçam dentro de nós, pois tentamos sempre ignorá-las, impedi-las de se mostrarem, porque não queremos conhecê-las. Temos medo de assumir que somos humanos, que temos fraquezas, que erramos…
Sempre que tentamos enganar-nos, escondendo a verdade sob as aparências, as dificuldades tornam-se mais e mais incomodativas. São como uma pedra no sapato, que teimamos em não descalçar. Pode ser que passe e assim não temos que parar.
Poderíamos sentar-nos em algum ponto do caminho, descalçando cuidadosamente o sapato e retirando a pedra, que é tão pequenina, mas que magoa tanto. Depois, aliviados, só teríamos que seguir em frente, felizes e contentes por termos feito aquilo que na realidade precisávamos mesmo de fazer.
Mas nós somos teimosos e arrogantes. Preferimos continuar com a pedra dentro do sapato, que magoa tanto que às tantas provoca uma pequena ferida.
Depois de muito caminharmos com essa pedrinha, acabamos por nos habituar à dor. Aliás, já nem sabemos viver sem ela. Até nos convencemos de que é confortável caminhar assim.
Mas não é!
Um dia, alguém nos vai dizer que coxeamos ao caminhar e nós ficaremos perplexos com essa informação.
Até podemos ficar ofendidos com tal afirmação.
Porém, isso ficará a ecoar dentro de nós e o nosso coração dilacerado por tamanha dor (lembram-se? Era só uma pedrinha!) acabará por nos ajudar a enfrentar a realidade.
Agora, rendidos, cansados, teremos mesmo que parar para cuidar daquele pé ferido, porque em vez de termos tido a coragem de retirar a pedra, ficámos com ela e sujeitámo-nos a todo o tipo de incómodo e agora temos uma grande ferida para cuidar.
Mas já que temos que o fazer, que seja com alegria no coração por finalmente termos tido a oportunidade de poder escolher agir de modo diferente.
Um novo processo se inicia, e não pode haver precipitações. Não podemos querer curar a ferida e todas as suas consequências no mesmo tempo que teríamos levado a retirar a pedra do sapato. Isso teria sido fácil e simples. Mas faltou-nos o discernimento e a serenidade interior para o fazer. Tínhamos pressa e queríamos provar aos outros que somos fortes e capazes.
Agora, é preciso agir com calma. Demore o tempo que demorar, e mesmo com cicatrizes e a coxear, iremos, certamente propiciar as condições ideais para encontrar a cura e a sanação necessárias ao reequilíbrio do nosso Ser.
Possamos nós encontrar o centro!
Falta acrescentar ainda que este bonito mês marca o equinócio da primavera no dia 20 de março, às 04h30.
Além disso contamos ainda com um eclipse solar total no dia 8 de Março e um eclipse lunar penumbral no dia 23. Estes eclipses não serão visíveis em Portugal.
Os dias 19 Março e 28 de Março serão regidos pela poderosa vibração universal do Número Mestre 22.
Em Profunda Gratidão Pela Vida
Eva Vilela Veigas